Especificações de Contratos
Quem investe em commodities no Brasil, no exterior costuma utilizar […]
Antes de ser BM&F Bovespa a BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros já era a maior bolsa brasileira. Ouvimos muito nos noticiários comentários sobre o mercado de ações, sobre a Bovespa, porém o volume de negociações de contratos futuros de commodities, índices, taxas de juros e moedas na BM&F supera em mais de 10 vezes o volume de negociação do mercado á vista de ações. Os grandes investidores do mercado e as pessoas que fizeram fortunas no mercado de capitais estão nos mercados futuros. Nos Estados Unidos é comum nos jornais ter as cotações das commodities, onde os investidores investem seu capital, assim como fazem em uma ação de empresa listada em bolsa.
A BM&F localiza-se na cidade de São Paulo – SP, onde são negociados contratos futuros de commodities e derivativos financeiros de índices e moedas. Os contratos futuros são: café arábica, boi gordo, milho, soja, etanol, ouro, taxa de câmbio e taxa de juros. Possui formação mercantil criada por empresas, corretoras de valores e bancos e não negocia ativos mercantis societários (ações), que são negociados na Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo.
A fusão entre a Bolsa de Mercadorias de São Paulo e a Bolsa Mercantil de Futuros deu origem a BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros. A Bolsa de Mercadoria de São Paulo foi criada por empresários paulistas, que possuíam ligação com exportações, comércio e à agricultura em 26 de outubro de 1917. Essa foi a primeira bolsa a realizar operações no Brasil e logo tornou-se conhecida pelas negociações de contratos agropecuários principalmente de café, boi gordo e algodão.
A Bolsa Mercantil de Futuros, que já utilizava a sigla BM&F surgiu em julho de 1985, tendo o início dos pregões de negociações no dia 31 de janeiro de 1986. Apesar de jovem teve um crescimento exponencial e logo ganhou destaque por disponibilizar a negociação de produtos financeiros nas mais variadas modalidades operacionais. A tradição da Bolsa de Mercadorias de São Paulo e o destaque da Bolsa Mercantil de Futuros fez com que em 9 de maio de 1991 ambas fechassem um acordo e assim unissem suas atividades operacionais. Com ambição de se tornar umas das principais bolsa da América latina, em de 30 de junho de 1997 ocorreu um acordo operacional com a Bolsa Brasileira de Futuros, que fora fundada em 1983 na cidade do Rio de Janeiro – RJ, o que fortaleceu ainda mais o mercado nacional de commodities, se tornando assim o principal centro de negociação de derivativos do Mercosul e sobre a sigla de BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros. Local onde Marcos Bastos “Escova”, Henrique Bispo e Marcos Cruz trabalharam por mais de 15 anos nas negociações no pregão viva-voz.
A penúltima das fusões ocorreu com a Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa, que é focada no mercado à vista de ações e em 26 de março de 2008 consolida-se a união que deu o novo nome de BM&F Bovespa – A Nova Bolsa, que atualmente é a terceira maior do mundo e a segunda maior das Américas em valor de mercado.
Em março de março de 2017 a BM&F Bovespa fundiu-se com a CETIP para formar a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), que passa a ser a quinta maior bolsa de mercado de capitais e financeiro do mundo em valor de mercado, com patrimônio de US$ 13 bilhões. A fusão foi aprovada pelo CADE.
A vantagem do novo negócio está no oferecimento de uma maior eficiência de capital para os clientes, fazendo com que consigam utilizar, por exemplo, derivativos de balcão e de bolsa em uma mesma contraparte central. A rígida segurança regulatória com apenas um custo de observância também é outro benefício da B3.
Desse modo, a fusão das atividades da BM&F Bovespa e Cetip evidencia o modelo de negócio utilizado pela nova entidade, o que pode ampliar a diversificação de receitas, além de reduzir custos e riscos operacionais para todo o sistema financeiro junto dos órgãos de supervisão dos mercados.