Soja fecha em alta nesta 3ª em Chicago com possível melhora nas relações EUA x China

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Em um dia que começou estável para o mercado internacional da soja, a mudança veio e as cotações da oleaginosa terminaram em campo positivo no pregão desta terça-feira (12) na Bolsa de Chicago. Os principais contratos terminaram os negócios subindo entre 6,75 e 7 pontos nos principais vencimentos.

Assim, o contrato maio/19 fechou com US$ 8,97 por bushel, enquanto o agosto foi a US$ 9,17. O mercado, como explicou o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, passou pelo movimento conhecido como “turnaround tuesday”, ou “terça-feira da virada”, com os traders conseguindo retomar boa parte das baixas observadas na sessão anterior.

As declarações do representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, nesta terça, de que as conversas entre China e EUA estão evoluindo serviu de combustível, ainda como explicou Sousa, para os ganhos na CBOT, em um mercado esvaziado de informações e que tem se agarrado a qualquer pequena novidade, mesmo cansado de rumores.

Segundo o representante da Casa Branca, com ou sem acordo as negociações estariam em suas semanas finais. “Nossa esperança é que estejamos nas semanas finais para um acordo”, disse Lighthizer. “Se essas questões não forem resolvidas em favor dos Estados Unidos, não teremos um acordo”, completou.

 

“Os olhos dos players estão voltados exclusivamente para isso (guerra comercial) e para as posições dos fundos, evidentemente”, alerta o diretor da Labhoro. E aos poucos, o mercado começa a dividir suas atenções com as condições de clima e as primeiras perspectivas para a nova safra dos EUA, mas ainda de forma bastante tímida.

Preços no Brasil

As altas na Bolsa de Chicago foram neutralizadas no Brasil por uma nova baixa do dólar nesta terça. A moeda americana terminou o dia com queda de 0,66% e valendo R$ 3,81. Segundo especialistas, o otimismo frente à reforma da Previdência e o mercado externo com mais apetite ao risco – o que ajudou a puxar as commodities – foi o que pressionou a divisa.

“Esperamos que o dólar volte a 3,75 reais nos próximos poucos dias. Não há compradores de dólar nestes níveis. Também haverá um efeito secundário, uma vez que um real mais forte pode colocar um freio sobre um novo rali nas ações, então o real pode ser a melhor compra do momento”, avaliou o chefe da mesa proprietária de um banco em São Paulo à Reuters.

 

Assim, no porto de Paranguá as cotações permaneceram estáveis com R$ 77,50 no disponível e R$ 77,50 para o mês seguinte. Em Rio Grande, as referências recuaram e perderam 0,92% no spot, que fechou com R$ 75,30, e 0,65% para R$ 76,00 por saca no mês que vem.

No interior, a estabilidade também pautou a maior parte das regiões produtoras e as baixas foram pontuais, como em praças de Mato Grosso do Sul e Goiás. Em Jataí, o último preço ficou em R$ 67,50 por saca.

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Fonte Notícias Agrícolas

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