O mercado da soja começa a semana em queda na Bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira (6), por volta de 7h10 (horário de Brasília), perdiam entre 3,25 e 3,75 pontos nos principais contratos, levando o maio a US$ 8,50 e o agosto a US$ 8,58 por bushel.
Os futuros da oleaginosa seguem acompanhando as perdas de uma série de outras commodities, entre elas o milho, também negociado na CBOT, e o petróleo, que perde mais de 4% na manhã de hoje, com o WTI sendo cotado a US$ 27,16 por barril. Caem ainda o café e o algodão, também em Nova York.
A pressão continua vindo das incertezas relacionadas ao coronavírus, com os EUA podendo entrar na semana mais difícil da pandemia e o número de casos ainda crescendo no Brasil todo. Em contrapartida, o número de mortes começou a diminuir e essa acaba sendo uma imporante contraposição para os mercados mundo a fora.
No Brasil, são mais de 11 mil casos confirmados e 488 mortes. Na China, há novos casos sendo registrados, sendo 25 ‘importados’ e 5 internos. Assim, a nação asiática continua sendo intensamente monitorada.
NO BRASIL
A última semana foi uma das melhores da história do Brasil para o mercado da soja, com o dólar chegando a superar os R$ 5,30 e levando as cotações a superarem ainda mais os R$ 100,00 por saca. E para esta semana, as perspectivas para os preços brasileiros também são positivas, segundo o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
“O mercado da soja, nesta nova semana, seguirá com indicativos firmes, mesmo que o dólar já
esteja muito além do que estava sendo esperado pelos mais otimistas na moeda americana. A divisa, ainda assim, segue nervosa e tem pouco fôlego para recuar no curtíssimo prazo e, desta forma, pode seguir dando
argumento positivos para a soja nos portos”, diz Brandalizze.
Assim, o consultor espera uma semana de preços ainda firmes, não só pelo dólar, mas também pela disponibilidade da soja brasileira que se mostra cada vez mais ajustada. O Brasil já tem mais de 75% da atual temporada e a demanda pelo produto nacional segue bastante intensa.
Mais do que isso, as vendas da safra nova também estamos bastante aceleradas e nestes próximos dias, o mercado também pode “voltar a trazer fechamentos para com alta nos próximos dias em reais”, conclui o consultor.