O trader de pequeno porte que investe em mercado futuro na BM&F deve ter notado que, desde ontem, a conta de emolumento cobrada pela B3 ficou mais cara nos produtos referenciados em dólar e Ibovespa.
Entrou em vigor uma nova política de tarifação. Em vez de um desconto linear de 50% para qualquer tipo de daytrade, passa a valer agora uma faixa de desconto de 35% até 75%, dependendo do volume. Nessa banda, quem gira menos paga mais e quem gira mais, paga bem menos. As operações em alta frequência por meio de algoritmos, os HFT, por exemplo, pagam quase nada.
De acordo com um profissional próximo da B3, o motivo da mudança é que há uma massa grande de investidores hoje nos minicontratos operando relativamente pouco, mas consumindo uma enorme infraestrutura de transmissão de market data.
Em ofício ao mercado, a B3 disse que “os futuros Mini de Ibovespa (WIN) e os futuros Mini de Reais por Dólar Comercial (WDO) transformaram-se nos principais consumidores da infraestrutura de negociação e de pós-negociação, representando aproximadamente 92% de todo o número de negócios de derivativos realizados na B3 em 2018.” Ao mesmo tempo, a receita desses produtos representou apenas 15% do total dos derivativos, gerando, portanto, desalinhamento entre as receitas e o consumo de capacidade.
Fonte: Fast Markets