Os produtores de milho devem ter uma margem apertada na safra 2018/2019, que está em fase de plantio. Segundo analistas, o tabelamento do frete ampliou o preço do transporte em um cenário de altos custos de insumos, o que elevou os estoques para 19 milhões de toneladas.
De acordo com o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, há pouco espaço para rentabilidade positiva como nos anos anteriores. “Se nós não tivéssemos a subida dos defensivos, dos fertilizantes e do preço do frete, os atuais níveis das cotações do grão seriam suficientes para garantir margens aos produtores. Mas não é o que está acontecendo”, avalia. “Se considerarmos o câmbio atual em R$ 3,70, a margem fica praticamente zero, contando com a tabela de frete e as produtividades que normalmente o setor obtém.”
Ele calcula que o custo de produção deve crescer 16% no médio norte de Mato Grosso em 2018/2019 em relação à temporada anterior, para R$ 1,8 mil por hectare para o milho da segunda safra. Para o primeiro ciclo, a alta estimada é de 12%, para R$ 4 mil por hectare considerando o uso de alta tecnologia no Triângulo Mineiro.
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Fonte: DCI