Quebra é atribuída ao atraso no plantio e ataque de insetos; safra de soja no município teve boa produtividade e agricultor conseguiu fechar bons negócios
O milho safrinha já saiu mal desde o plantio em Guaíra/PR, de acordo com presidente do Sindicato Rural do município, Silvanir Rosset. Segundo ele, as estimativas de quebra nesta safra é de 25% motivada pelo atraso no plantio e de 30% pelo ataque de insetos.
Conforme Rosset explica, com o atraso do plantio da soja, isso acabou afetando o plantio da sadrinha, que está quase concluído no município. “Por causa desse atraso, a lavoura vai ficar mais exposta ao risco de geadas”, afirma.
Além disso, ele conta que faltou chuva para o plantio, e que a região vive um stress hídrico, com poucos volumes caindo de forma isolada em poucas áreas, deixando o desenvolvimento das plantas desuniforme.
“Estamos com poucas chuvas, a lavoura sofrendo, e ainda na semana passada caiu uma chuva de granizo em uma área, causando danos, desfolha”, disse.
As plantações de milho safrinha em Guaíra sofrem também com o ataque de insetos, como lagartas, percevejos e a cigarrinha do milho. Segundo Rosset, é preciso que o produtor monitore de perto os campos e faça o manejo adequado para minimizar o ataque.
“Precisamos de uma frente fria que traga chuva de forma mais generalizada em todo o estado do Paraná, com volumes acima de 60mm, 100mm, de forma que a umidade consiga ser mantida no solo”, explicou.
SOJA
Ao contrário do milho safrinha, a safra de soja em Guaíra trouxe resultados positivos para o produtor, após a fase tensa de plantio com pouca chuva no ano passado. “Durante o desenvolvimento da safra tivemos chuvas mais rgulares, em volumes mais baixos do que o de costume, mas o suficiente para render uma boa colheita”, disse.
De acordo com Rosset, a colheita da soja já foi finalizada no município, e teve uma média de 65 sacas por hectare. Em termos de negócios, ele conta que o produtor teve bons resultados, tanto quem travou valores no ano passado nos picos de R$75, R$ 80 por saca, quanto para quem esperou para vender agora, com dólar alto.
Fonte: Notícias Agrícolas