A terça-feira (12) chegou ao final com os preços internacionais do milho apresentando valorizações na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram altas entre 3,75 e 4,50 pontos. O vencimento março/19 foi cotado a US$ 3,56, o maio/19 valeu US$ 3,65 e o julho/19 foi negociado por US$ 3,75.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho subiram mais de 1% hoje em termos de compra técnica e força de expansão devido à alta nos preços do trigo.
As ofertas de base de milho nos Estados Unidos foram em grande parte constantes para ligeiramente firmes na terça-feira, passando de 1 a 2 centavos acima em vários terminais fluviais e usinas de etanol hoje.
As projeções de área plantada para o milho também estão elevadas. O IEG Vantage projeta que, em 2019 as plantações de milho nos EUA serão de em 91,771 milhões de acres (37,1 milhões de hectares), acima da estimativa anterior de 91,591 milhões de acres.
Já no Brasil, a Conab fez pequenos ajustes nas estimativas de produção da safra de milho 2018/19 do país a partir de fevereiro, aumentando o total para 66,6 milhões de toneladas, volume 23,6% superior ao registrado na safra passada. A Conab também projeta que as exportações de milho 2018/19 devem crescer 25% com relação ao último ano, alcançando uma estimativa de 1,220 bilhão de bushels (30,9 milhões de toneladas).
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram somente nas praça de Campinas/SP (1,19% e preço R$ 42,36), Oeste da Bahia (1,41% e preço R$ 36,00) e São Gabriel do Oeste/MS (10% e preço R$ 33,00).
As desvalorizações apareceram em Palma Sola/SC (1,47% e preço R$ 33,50), Pato Branco/PR (1,55% e preço R$ 31,70), Brasília/DF (2,78% e preço R$ 35,00), Dourados/MS (4,29% e preço R$ 33,50), Cascavel (4,76% e preço de R$ 30,00) e Ubiratã/PR e Londrina/SP (4,92% e preço R$ 29,00).
A XP Investimentos aponta que as referências estão pressionadas para a saca de milho no físico. Indústrias e Granjas fizeram bons estoques de curto prazo e, agora, dão um “gelo” no diferido. As preferências estão com o mercado de tributado, cujas cargas voltaram a chegar com tranquilidade (origem MG e MS).
O fato abre espaço para testes e, ao menos por enquanto, a estratégia surte efeito. Intermediários e Silos, assim como produtores, ainda tentam regular as ofertas locais, ainda apoiados em fretes elevados e possíveis quebras de produção. Cada dia que passa, porém, os argumentos vão perdendo força, dado a boa evolução das colheitas em lavouras locais (SP) e dos plantios de Inverno no Sul e Centro-Oeste.