A China acusou os Estados Unidos nesta segunda-feira de manterem “expectativas extravagantes” para um acordo comercial, destacando o abismo entre os dois lados no momento em que a ação dos EUA contra a gigante de tecnologia chinesa Huawei começa a afetar o setor de tecnologia global.
O Google, da Alphabet Inc, também suspendeu os negócios com a Huawei Technologies Co Ltd [HWT.UL] que exigem a transferência de hardware, software e serviços técnicos, exceto aqueles publicamente disponíveis via licensiamento de fonte aberta, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto no domingo, em um golpe para a empresa que o governo dos EUA buscou colocar em uma lista negra em todo o mundo.
As ações das fabricantes de chips europeias Technologies, AMS e STMicroelectronics recuavam com força nesta segunda-feira, em meio a preocupações de que os fornecedores da Huawei Technologies possam suspender os embarques para a empresa chinesa devido à ação dos EUA na semana passada.
A adição pelo governo norte-americano da Huawei a uma lista negra de comércio na quinta-feira permitiu imediatamente restrições que tornarão extremamente difícil fazer negócios com empresas dos EUA.
Em uma entrevista com o Fox News Channel gravada na semana passada e divulgada no domingo à noite, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os EUA e a China “tinham um acordo bastante forte, tínhamos um bom acordo, e eles o mudaram. E eu disse ‘está bem, vamos tarifar os produtos deles'”.
Em Pequim o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, disse não saber do que Trump estava falando.
“Não sabemos que acordo é esse que os EUA estão falando. Talvez os EUA tinham um acordo para o qual havia expectativas extravagantes, mas com certeza não é o chamado acordo com o qual a China concordou”, disse ele em entrevista à imprensa.
O motivo pelo qual a última rodada de negociações não chegou a um acordo foi porque os EUA tentaram “alcançar interesses injustificados através de pressão extrema”, disse Lu.
Leia mais em Notícias Agrícolas
Fonte: Reuters