O dólar tinha pouca variação ante o real nesta quarta-feira, aguardando próximos passos da reforma da Previdência na comissão especial, no dia seguinte à apresentação do voto complementar do relator, em que Estados e municípios não foram incluídos.
Às 10:21, o dólar recuava 0,06%, a 3,8525 reais na venda.
Na véspera, o dólar fechou com alta de 0,30%, a 3,855 reais na venda.
Neste pregão, o dólar futuro rondava a estabilidade.
Às 11h, coordenadores de bancada participam de reunião convocada pelo presidente da comissão especial da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), para definir os próximos passos da tramitação da proposta no colegiado e aparar arestas que restaram.
“O calendário mais otimista previa que toda obstrução seria vencida ontem para que hoje o texto fosse aprovado na comissão. Isso não ocorreu e a abertura de sessão hoje dependerá ainda de resultado de reunião de líderes pela manhã”, afirmaram economistas da XP Investimentos, em nota.
O voto complementar apresentado na véspera deixou de fora as regras para servidores de Estados e municípios, questão pela qual o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) vinha se esforçando para incluir.
Agora, o foco está em saber quando será votado o texto complementar de Moreira para que, em seguida, a reforma siga para o plenário da Câmara.
“Sem aprovação na comissão nessa semana, ficará praticamente impossível votar a reforma no plenário da Câmara até o recesso, que começa em ?18 de julho”, avaliaram economistas da XP Investimentos, em nota.
Do exterior, temores que uma guerra comercial prolongada irá desacelerar o crescimento global mantinham os mercados emergentes sob pressão nesta quarta-feira.
Investidores também adotam posições em antecipação ao feriado de 4 de julho nos Estados Unidos na quinta-feira, quando os mercados lá ficarão fechados.
“Ainda sob a cautela em decorrência das incertezas locais e do feriado de amanhã nos Estados Unidos, o dólar deverá manter o viés de alta aqui, embora que de forma moderada”, disse a corretora de câmbio Correparti, em nota.
(Por Laís Martins)