Na sequência da alta histórica do Ibovespa, que chegou aos 100 mil pontos na abertura da semana, e com o dólar em dois dias consecutivos de recuo, a terça (19) dá mostras de seguir o jeito da véspera, com brecha para a bolsa ir na direção de realização de lucros e com sensibilidade a balanços corporativos. Os cenários econômicos e políticos global e nacional mais positivos prevalecem nesta passagem do dia.
O Ibovespa, quem acabou fechando em 0,86% ontem, recuando depois dos 3 dígitos em pontuação, abriu em alta, passando novamente os 100 mil pontos, mas vai em leve recuo por volta das 11hs, em 32%. O Futuros cai na casa dos 0,40%, contra a alta da véspera de quase 1%.
O dólar mantém a mesma falta de apetite para compras dos dois últimos pregões. Perde metade da perda anterior (0,76%), a R$ 3,777.
Do Brasil, com o presidente Jair Bolsonaro em visita aos Estados Unidos, e boas impressões já deixadas por Paulo Guedes, da Fazenda, o anúncio de chegada na Câmara nesta quarta das propostas para a reforma da Previdência dos militares soou bem desde a segunda. Mesmo havendo ainda discordância quanto ao ano que passará a valer o aumento da contribuição, com o governo querendo menor tempo.
Provavelmente o mercado deverá dar trégua esperando os detalhes da proposta, que deverá ajudar a acelerar o andamento das mudanças enviadas antes para os contribuintes civis.
O Copom, em reunião de dois dias, não passa atenção sobre alta da Selic, pelo contrário, no mínimo ficará igual.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED) começa reunião com a expectativa já revelada há dias de que vai manter a política de juros mais comportada este ano, depois das quatro altas de 2018. O que mantém a garantia de que a economia local está segura.
O Brexit continua no imbroglio já conhecido, mas agora com a firmeza demonstrada pela chanceler alemã, Angela Merkel, de que irá lutar para assegurar uma saída ordenada do Reino Unido, se assim for aprovada no parlamento britânico.
Da China, com Pequim reafirmando a disposição de reanimar a economia, e as negociações com os Estados Unidos, em segundo plano, sinal de que se os avanços ainda estão em discussão, também não tem havido ruídos preocupantes.