O dólar operava entre estabilidade e leve alta nesta sexta-feira, depois de na véspera sofrer a maior valorização em um mês e para o maior patamar desde o começo de setembro, na esteira de expectativas de mais cortes de juros pelo Banco Central.
Às 9:24, o dólar avançava 0,05%, a 4,1663 reais na venda.
Na B3, o dólar futuro rondava estabilidade, a 4,1705 reais.
Na quinta-feira, o dólar à vista saltou 1,50%, para 4,1642 reais na venda, com a divisa brasileira registrando o pior desempenho global na sessão, em meio à leitura de que novos cortes de juros vão reduzir ainda mais o estímulo a apostas favoráveis ao câmbio, uma vez que diminuem o prêmio de risco de se ficar posicionado à espera de valorização do real.
“Agressivo corte de juros (ou seja, derrubar a Selic para a casa de 4%) poderia ser contraproducente… porque pode imprimir mais volatilidade ao real devido ao limitado ‘carry'”, disse o Goldman Sachs em nota.
O banco notou que o real tem ficado atrás de seus pares depois dos recentes cortes de juros, tanto em termos nominais quanto em retorno total.
“Acho que o BC pesou a mão. A impressão que dá é que não está ‘ligando’ para o dólar. E isso chama o mercado para ‘atacar'” o real”, disse um gestor em São Paulo.