O dólar reduziu a alta nesta quinta-feira após anúncio de leilão pelo Banco Central, depois de ter renovado máximas históricas nos primeiros negócios do pregão em meio expectativas de mais um corte na taxa Selic.
Depois que a moeda norte-americana tocou um pico recorde de 5,4695 reais na venda logo após a abertura, o Banco Central anunciou para esta sessão um leilão de swap tradicional de até 10 mil contratos com vencimento em agosto de 2020 e janeiro de 2021, em que vendeu o total da oferta.
Às 10:34, o dólar avançava 0,45%, a 5,4340 reais na venda, enquanto o contrato mais líquido de dólar futuro caía 0,36%, a 5,4445 reais.
“Temos que olhar o contexto: ontem e segunda vimos o mercado mudando a percepção em relação à política monetária, e a perspectiva de queda de juros mais intensa no curto prazo pressionou a moeda (brasileira)”, disse à Reuters Flavio Serrano, economista sênior do banco Haitong.
Nesta quinta-feira, o real continuou pressionado no início da manhã, “contrariando os mercados, que estavam mais tranquilos, com o petróleo subindo e as coisas ficando menos distorcidas em termos de preço”, disse Serrano, o que levou à intervenção do Banco Central, que ajudou a segurar a disparada do dólar.
Na última sessão, a moeda norte-americana spot fechou em alta de 1,89%, a 5,4094 reais na venda, recorde histórico para encerramento.
Enquanto isso, nos mercados internacionais, o dólar registrava queda ante pares emergentes do real, como lira turca e rand sul-africano. Os investidores de todo o mundo estavam de olho em dados norte-americanos que mostraram que mais 4,427 milhões de pessoas solicitaram auxílio-desemprego nos EUA na semana passada. A leitura veio abaixo dos 5,237 milhões de pedidos registrados na semana anterior.
Além do leilão extraordinário realizado logo após a abertura, o Banco Central fará ainda entre 11h30 e 11h40 desta quinta-feira leilão de até 10 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento 1º de junho de 2020.