As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (20) com alta de cerca de 100 pontos nesta segunda-feira (20) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado realiza ajustes técnicos e acompanha as informações sobre a safra 2019/20 do Brasil.
Os lotes com vencimento para julho/19 tiveram alta de 90 pontos, a 89,90 cents/lb e o setembro/19 subiu 90 pontos, a 92,25 cents/lb. O contrato dezembro/19 fechou o dia com ganhos de 95 pontos, a 95,80 cents/lb e o março/20 registrou 99,35 cents/lb e 100 pontos de avanço.
O mercado do arábica seguiu em alta desde o início dos trabalhos desta segunda-feira, oscilando entre máxima de 90,60 cents/lb e mínima de 89,15 cents/lb, segundo dados do site de cotações Investing. Mas o patamar de 90 cents/lb não se manteve no vencimento referência.
“Os preços do café subiram nesta segunda-feira devido à preocupação de que as fortes chuvas no Brasil atrasarão a colheita e a secagem do café brasileiro”, destacou o site internacional Barchart. Nos últimos dias, diversas áreas do cinturão receberam bons acumulados.
Ainda de acordo com o site internacional, dados meteorológicos mostram que as precipitações em Minas Gerais, maior estado produtor de café do Brasil, totalizaram de 50,3 mm na semana passada ou 316% da média histórica. A previsão para os próximos dias é de tempo mais firme.
Apesar da alta, operadores no terminal externo seguem acompanhando informações sobre a oferta após a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgar na semana anterior que a produção neste ano pode chegar a 50,92 milhões de sacas, com queda de 17,4% ante a anterior.
“O café arábica, que representa uma produção de 72% do total e é mais influenciado pela bienalidade, deve alcançar 36,98 milhões de sacas, uma redução de 22,1% em comparação à temporada anterior. Já a produção de conilon está estimada em 13,94 milhões de sacas, uma diminuição de 1,7% em relação a 2018”, disse a Conab.
O mercado brasileiro de café segue tendo picos de alta acompanhando o cenário externo e mais negócios foram registrados nos últimos dias. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), o andamento da colheita no Brasil tem deixado produtores mais ativos no mercado, porque eles precisam se capitalizar.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 425,00 e alta de 0,47%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 2,56% e saca a R$ 400,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 392,00 e alta de 0,51%. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,32% e saca a R$ 385,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 394,00 e alta de 1,29%. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 1,35% e saca a R$ 365,00.
Na sexta-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 384,26 e queda de 0,23%.