Na última semana, um estudo encomendado pelo Conselho Nacional de Café (CNC) a Fundação Procafé foi divulgado. Os dados deste levantamento apontam que a safra 2015 de café do Brasil ficará entre 40,3 milhões e 43,25 milhões de sacas de 60 kg, implicando quebra de 4,61% a 11,12% na comparação com as 45,342 milhões de sacas colhidas em 2014.
Para Paulino, iniciativas como a do estudo em campo da Procafé tendem a melhorar a confiança do setor internacional nas estimativas brasileiras. “Materiais apuradas em campo e que, com o tempo, se comprovem mais próximos a realidade devem ser mais bem vistos pelo mercado, mas isso leva tempo”, argumentou.
A previsão de quebra deste ano em relação a safra 2014/2015, que já havia apresentado queda de 7,7% ou 3,8 milhões de sacas a menos que as 49,1 milhões produzidas na safra anterior, não surtiu efeito imediato no mercado internacional. Do dia da divulgação, 12 de março, até os primeiros sinais de alta das cotações cafeeiras, foram 3 dias úteis, quando no dia 16 as negociações do café arábica voltaram ao campo positivo no mercado internacional, na bolsa de Nova Iorque.
Uma das mais tradicionais empresas de exportação de café do País, o Escritório Carvalhaes vinha criticando as baixas do mercado em seus boletins semanais. Em 13 de março, a exportadora e corretora de café de Santos (SP), afirmou em seu último boletim: “Os operadores em Nova Iorque conseguiram ficar com toda a desvalorização do real frente ao dólar. Ignoram os fundamentos e conduzem as cotações como bem entendem. Trabalham com análise gráfica, ‘financeirizando’ a operação dos contratos”.
Fonte: CaféPoint