As cotações futuras do café arábica encerraram esta sexta-feira (12) com leves altas na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado oscilou dos dois lados da tabela no dia, mas acabou prevalecendo a valorização em ajustes e com dados de oferta menos otimistas.
O vencimento maio/19 encerrou o dia com alta de 15 pontos, a 90,40 cents/lb e o julho/19 anotou 92,95 cents/lb com 25 pontos de ganhos. O setembro/19 anotou 95,55 cents/lb com 25 pontos positivos e o dezembro/19 registrou 99,45 cents/lb com 20 pontos de ganhos.
Acompanhando as informações de ampla oferta do grão, o mercado na ICE oscilou entre mínima de 89,33 e máxima de 91,15 cents/lb. Segundo agências, depois da queda de mais de 400 pontos na véspera, a maior percentual diária desde o final de novembro, ajustes foram vistos.
Além disso, novas informações sobre a oferta global também passaram a repercutir sobre os preços. “… A Marex Spectron prevê que o mercado global em 2019/20 entrará terá déficit de 1,6 milhão de sacas após excedente de 8 milhões em 2018/19”, destacou o Barchart.
Apesar da alta, operadores continuam acompanhando o desenvolvimento a safra brasileira. “A colheita no Brasil está se aproximando. As ideias são de produção de 62 ou 63 de sacas em 2018/19 e de 52 milhões de sacas na temporada atual”, disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) divulgou nesta quarta-feira (10) que as exportações totais do grão em março foram de 2,9 milhões de sacas, com um acréscimo de 10% ante o mesmo período do ano anterior, e receita de R$ 379,1 milhões.
“Os resultados de exportação de café referentes ao mês de março foram muito positivos. O Brasil apresentou boa performance mesmo estando no período de entressafra, com início da colheita do café conilon que acontece em abril/maio no Espírito Santo, Bahia e Rondônia e a colheita do café arábica, em maio/junho nos demais Estados e suas devidas regiões. É importante destacar que o país registrou volumes recordes de exportação nos meses de janeiro a fevereiro”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Além disso, o mercado também esteve apreensivo com a divulgação de recuperação judicial da exportadora Terra Forte, divulgada na véspera. A empresa negociou contratos de venda futura com o grão em cerca de R$ 550,00, mas os preços atuais estão próximos de R$ 350,00.
O mercado brasileiro do arábica seguiu durante a semana com negócios isolados por conta das baixas externas recentes. O tipo 6 duro segue em cerca de R$ 380,00 a saca na maioria das praças de comercialização, mas em Maringá (PR) atingiu no dia R$ 305,00.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 408,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com baixa de 5% e saca a R$ 380,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 385,00 – estável. Não houve oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 381,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Vitória (ES) com queda de 5,10% e saca a R$ 372,00.
Na terça-feira (09), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,57 e alta de 1,08%.