O mercado futuro do café arábica abriu o pregão desta quinta-feira (19) com quedas técnicas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Por volta das 09h11 (horário de Brasília), dezembro/20 tinha queda de 40 pontos, valendo 119,35 cents/lbp, março/21 registrava baixa de 100 pontos, valendo 121,85 cents/lbp, maio/21 tinha baixa de 90 pontos, valendo 123,80 cents/lbp e julho/21 tinha queda de 85 pontos, valendo 125,30 cents/lbp.
As cotações voltam a registrar baixas após altas motivadas pelas condições climáticas na América Central, que foi atingida pelo furacão Iota na noite da última segunda-feira (16), afetando áreas de produção cafeeira como Honduras e Guatemala.
No Brasil, dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que as chuvas voltaram de forma mais abrangente nos últimos cinco dias em Minas Gerais. As estações meteorológicas do Inmet registraram chuvas entre 20 e 50 mm no período, sendo os maiores volumes registrados em áreas isoladas do sul mineiro, região central e leste do estado. Também voltou a chover no Espírito Santo, com precipitação entre 15 e 20 mm.
Os cafezais brasileiros enfrentam o maior déficit hídrico dos últimos anos e a chuva leva alívio ao produtor, apesar de não recuperar os danos nas plantas. Segundo especialistas, as perdas para a próxima safra já existem, mas ainda não é possível quantificar o tamanho do impacto. As chuvas de agora em diante paralisam esse processo de perda. Vale lembrar que a safra 2021 no Brasil já é naturalmente de bienalidade baixa para o café arábica.
Na Bolsa de Londres o café tipo conilon abriu o pregão com estabilidade nesta quinta-feira (19). Janeiro/21 tinha queda de US$ 1 por tonelada, valendo US$ 1401, março/21 tinha alta de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 1411, maio/ tinha valorização de US$ 4 por tonelada, valendo US$ 1425 e julho/21 registrava alta de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 1437.
O mercado de conilon segue acompanhando as condições climáticas no Vietnã. Os altos volumes de chuva podem atrasar em até um mês a colheita no país asiático e impactar diretamente na qualidade da bebida.
“A Agência Nacional de Meteorologia do Vietnã disse que as Terras Altas Centrais do Vietnã, a maior região produtora de café do país, podem receber até 100-250 mm de chuva dos remanescentes da Tempestade Tropical Etau, que podem inundar as fazendas de café da região e reduzir a produção de café”, destacou o site internacional Barchart na sua última análise.