Os preços internacionais do milho futuro seguem estendendo seus ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo desta quarta-feira (03). As principais cotações registravam altas entre 7,50 e 11,25 pontos por volta das 11h56 (horário de Brasília).
O vencimento julho/19 era cotado à US$ 4,24, o setembro/19 valia US$ 4,28 e o dezembro/19 era negociado por US$ 4,34.
Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho estão mais altos, desfrutando de algumas compras depois que dezembro conseguiu voltar a subir na última terça-feira.
“Preocupações e confusões sobre a área plantada e a produtividade ajudaram a acelerar a mudança, embora as previsões do tempo não mostrem nenhuma ameaça direta à cultura devido ao clima quente e seco”, aponta Knorr.
O analista comenta ainda que, os dados sobre a produção de etanol de milho americano, que devem ser divulgados ainda nesta quarta-feira, mostrarão como as plantas responderam às margens melhoradas dos custos mais baixos do milho e maiores receitas de combustível e bioprodutos.
“Os produtores que compartilham os resultados de nossa nova pesquisa de plantio no Feedback From The Field continuam a relatar muito mais milho emergido do solo do que a soja, com condições altamente variáveis ??mesmo em estados onde o plantio foi mais rápido do que o restante do Cinturão do Milho”, diz Knorr.
“A safra está muito atrás da média”, disse um fazendeiro no noroeste de Iowa.
B3
A bolsa brasileira também apresenta a mesma tendência de alta nesta quarta-feira. As principais cotações registravam valorizações entre 0,83% e 1,60% por volta das 12h04 (horário de Brasília).
O vencimento julho/19 era cotado à R$ 37,50, o setembro/19 valia R$ 37,58 e o novembro/19 era negociado por R$ 39,40.
A Agrifatto Consultoria destaca que, após o relatório da USDA mostrar uma qualidade inferior da safra em relação ao ano anterior, Chicago opera os contratos futuros de milho em alta e isso reflete nas cotações brasileiras.
A colheita de segunda safra avança consideravelmente e, no Centro-Sul, atingiu 32%, com a ausência de chuvas, possibilitando Mato Grosso atingir a colheita mais avançada do país, com 45% de sua área colhida, sendo seguido do Paraná com 41%.
“O clima norte-americano vem chamando atenção do mercado, porém deve-se também manter o clima brasileiro no radar, pois, segundo análises meteorológicas, as temperaturas irão cair até o final da semana nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, podendo ocorrer até geadas”, dizem os analistas.