As preocupações com riscos estão mais presentes no dólar e na bolsa nesta manhã de sexta (14). Por Brasil, sob pressão de uma reforma da possivelmente Previdência desidratada e do quadro político, e pelo exterior, com China respingando alertas na economia global, mercado reage ainda que dentro da moderação.
A divisa americana sobe mais de 0,70%, vendida a R$ 3,883. O Ibovespa recua 0,40%, perto das 11h25.
Dos R$ 1,3 bilhão de economia que o novo sistema previdenciário geraria se aprovado, conforme a proposta original do governo, o relator da Comissão Especial apresentou uma alternativa que tira mais de R$ 400 bilhões da estimativa.
O Banco Central derrubou mais uma vez o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado prévia do PIB, em 0,47% em abril. Frustrou a expectativa de leve alta, seguindo o cenário da fraqueza econômica brasileira, enquanto a situação política com Sérgio Moro ao centro ainda lança incertezas do seu reflexo sobre o andamento da reforma previdenciária na Câmara.
Apesar das juras do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e de partidos aliados, de blindagem da apreciação para a aprovação da matéria, ainda é prematuro para o mercado se sentir mais aliviado. Especialmente se sair uma CPI para apurar os possíveis desvios do ministro da Justiça no caso do presidente-presidiário Lula.
Os índices americanos de Wall Street estão em baixa, com o dólar index na mão contrária, também mostrando aversão ao risco como reza quando há procura pela moeda dos Estados Unidos.