Na volta do feriado nos EUA, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago ainda operam com cautela. Nesta terça-feira (19), depois de um feriado prolongado, os negócios são retomados e a commodity trabalha com leves baixas nesta manhã de hoje, de 0,25 a 0,50 ponto, com o março/19 valendo US$ 9,07 e o maio/19, US$ 9,21 por bushel, por volta de 9h (horário de Brasília).
O mercado retoma seus trabalhos ainda sem novidades fortes sobre as relações entre China e Estados Unidos, o que segue limitando o andamento das cotações, ainda lateralizado.
“As chances são do mercado continuar sentindo pressão. O problema maior é que nessas questões geopolíticas, é impossível prever o timing do próximo evento. Apesar da aparente letargia do mercado de soja em Chicago, são momentos tensos onde a qualquer momento podemos ver o mercado mudar de direção ou consolidar movimentos recentes’, explica o diretor da Cerealpar, Steve Cachia.
O mercado espera agora por novas notícias, como as de mais compras de soja da China nos EUA ou informações sobre um possível acordo entre os países, que há meses vêm promovendo rodadas de negociações sem trazer aos traders qualquer informação confirmada de qual caminho deverão seguir.
John Denton, secretário-geral da Câmara Internacional do Comércio, em uma entrevista concedida nesta semana afirmou que os ‘chineses não sabem o que os EUA querem’, o que trava ainda mais os negócios.
Ainda segundo Cachia, no mercado interno, o suporte para os preços da soja vêm do dólar, que volta a subir nesta terça-feira, dando sequência às altas de ontem. Perto de 9h30, a moeda americana tinha alta de 0,10% e valia R$ 3,73.
“Especulação em torno da reforma da Previdência no Brasil e algumas incertezas políticas enfrentadas pelo novo governo mantem a taxa de câmbio em patamares acima do esperado”, completa o diretor da Cerealpar.