Ao contrário do que vem ocorrendo por aqui – onde as justificativas para as baixas se concentram nos fatos de (1) estarmos na segunda quinzena do mês ou (2) pairar indefinição dos consumidores frente à presença da Covid-19 – nos EUA as vendas de carnes vêm registrando sensíveis altas, exatamente por conta do Coronavírus.
Lá, como aqui, empresas em geral estão optando pelo trabalho “home-office” e as escolas (de todos os níveis) suspenderam as aulas. Como a circulação de pessoas tornou-se compulsoriamente restrita, a comunidade agiu preventivamente frente à perspectiva de uma vindoura quarentena ou distanciamento social, estocando alimentos e produtos não perecíveis.
O frango resfriado vem sendo um dos beneficiados pela corrida aos supermercados. Fato comprovado pela Information Resources Inc. (ou simplesmente IRI) que, acompanhando semanalmente a evolução das vendas no varejo norte-americano, constatou que na semana encerrada em 8 de março corrente o faturamento proporcionado pelo produto registrou aumento de 6,1% em relação a idêntico período de 2019. As vendas de carne de peru aumentaram quase 10%, enquanto as das carnes bovina e suína in natura registraram incremento de 8%.
Parece pouco. Mas para a IRI o incremento é significativo, pois desde 2015 as vendas de carnes permaneciam estáveis. No ano que passou, por exemplo, registraram variação (em dólar) de apenas 0,6%.