Estimada nesta semana pela Emater/RS em 32,2%, a quebra na safra de soja no Rio Grande do Sul pode ser ainda maior, chegando aos 50%, de acordo com o diretor da Farsil, Cláudio Duarte. Segundo ele, a situação vai piorar, porque sem chuvas, a soja de ciclo médio e ciclo tardio não vão ter condições de enchimento de grãos.
Conforme Duarte explica, se a expectativa de média de produtividade era de 55 a 60 sacas por hectare, hoje o produtor encara a realidade de colher, em média, 20 sacas por hectare. “Até em áreas de pivô vai ter perda grande, porque se projetava entre 70 a 80 sacas por hevtare, e a média agora é de colher 50 sacas por hectare”, afirma.
A situação hoje para o produtor de soja no estado se mostra muito diferente do início do plantio, quando o excesso de precipitações prejudicou o processo e gerou preocupações com doenças fúngicas.
Segundo Duarte, agora com o tempo seco, o produtor está evitando a aplicação de antifúngicos sem necessidade, e fazendo o manejo com secante para emparelhar a lavoura.
Para além da quebra, a possibilidade de endividamento do produtor é uma preocupação latente, já que, segundo o diretor da Farsul, há produtores contratando financiamento da safra de trigo ´para pagar os custos desta safra de soja, e depois comprar os insumos para a safra de trigo
á prazo. “Vai virar uma bola de neve”, disse.