Os Estados Unidos e o Japão retiraram cidadãos da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto de um novo vírus, nesta quarta-feira, quando o número de mortos subiu acentuadamente para 132 e o primeiro caso apareceu no Oriente Médio.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou estar confiante na capacidade da China de conter o coronavírus, mas as preocupações têm aumentado, com as autoridades de saúde informando que o número de casos confirmados saltou de 1.459 para 5.974.
As ruas estavam desertas em muitas cidades importantes da Ásia. O número de mortos pelo vírus semelhante ao da gripe aumentou em 26, para 132, quase todos na província de Hubei, cuja capital é Wuhan, onde o vírus surgiu no mês passado em um mercado de animais selvagens.
A província central de cerca de 60 milhões de pessoas está sob isolamento.
“Sinto-me realmente aliviado”, declarou Aoyama, funcionário da Nippon Steel, usando máscara, no aeroporto da capital japonesa. Mais voos estão planejados.
Dois dos retirados apresentaram sintomas de pneumonia, mas o diagnóstico de coronavírus não foi confirmado, disseram representantes do hospital posteriormente.
Também cresce a preocupação com o impacto do vírus na segunda maior economia do mundo. Companhias aéreas estão suspendendo voos para a China –a British Airways foi a mais recente a anunciar a medida– e empresas globais estão restringindo as viagens de funcionários para lá.
O centro de apostas de Macau era praticamente uma cidade fantasma, enquanto os shoppings e centros comerciais em capitais asiáticas como Bangcoc estavam vazios, com muitos que se aventuravam ao ar livre usando máscaras verdes ou brancas.
Os setores de mineração a bens de luxo foram abalados por preocupações com a possibilidade de uma pandemia.
As ações de Hong Kong sofreram queda no primeiro dia de negociação após o intervalo do Ano Novo Lunar. Os mercados regionais, no entanto, interromperam a queda, com ações no Japão, Austrália, Coreia e Índia ficando estáveis ??ou mais sólidas e moedas em sua maioria estáveis.
Os mercados chineses retomam as negociações em 3 de fevereiro.
No que pode ser um grande passo para conter a doença, cientistas da Austrália disseram que desenvolveram uma versão em laboratório do coronavírus, a primeira a ser recriada fora da China.
(Reportagem de Lusha Zhang, Gabriel Crossley, Tony Munroe, Huizhong Wu, Cheng Leng e Judy Hua em Pequim; Reportagem adicional de Michelle Nichols nas Nações Unidas, Stephanie Nebehay em Genebra e Matthias Blamont em Paris, Akira Tomoshige em Tóquio)