O dólar caía ante o real nesta quinta-feira, com otimismo no mercado em relação à aguardada votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, em dia de mercados fechados nos Estados Unidos devido a feriado nacional.
Às 10:21, o dólar recuava 0,65%, a 3,8017 reais na venda.
Mais cedo, na mínima do pregão, o dólar tocou 3,7928 reais, menor patamar desde 18 de março, quando fechou a 3,7916 reais na venda.
Na véspera, o dólar recuou 0,74%, a 3,8264 reais na venda.
Neste pregão, o dólar futuro cedia 0,65%.
Pouco após as 10h desta quinta-feira, a sessão na comissão especial, em que deve ser votado o texto, foi aberta. Pouco antes, o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM) disse que a expectativa é votar a proposta ainda nesta manhã.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que já há os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Casa, de acordo com a Agência Câmara.
Com isso, crescem as possibilidades de que o texto seja votado antes do início do recesso parlamentar, em 18 de julho, como era almejado pelo governo e por Maia.
“O mercado tem razão para estar otimista. Se o presidente da comissão está falando, é porque de fato isso deve acontecer agora de manhã. Maia também falou que está dado como certa a quantidade de votos”, avaliou o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
Segundo Faganello, caso o texto seja aprovado na comissão especial e, em seguida, no plenário da Câmara antes do recesso, o câmbio poderá ver uma mudança de patamar. Já nesta quinta-feira, a moeda está testando quebrar a barreira dos 3,80 reais.
Somando ao bom humor com a cena local, o real, assim como outras moedas emergentes, também era beneficiado neste pregão por esperanças de cortes de juros nos Estados Unidos, após dados econômicos mornos que somam à pressão sobre o Federal Reserve para que a autoridade atue neste sentido.
Investidores trazem no radar a divulgação dos dados de criação de vagas de trabalho na sexta-feira.
Também corrobora para o sentimento a percepção de que a indicação de Christine Lagarde para o comando do Banco Central Europeu manterá a autoridade monetária europeia em um caminho dovish.
(Por Laís Martins)