Após operar em baixa durante a primeira metade o dia, os preços internacionais do milho futuro reverteram essa tendência e fecharam a terça-feira (11) com valorização na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações apresentaram altas entre 12,00 e 12,50 pontos.
O vencimento julho/19 foi cotado à US$ 4,27, o setembro/19 valeu US$ 4,36 e o dezembro/19 foi negociado por US$ 4,47. De acordo com a Farm Futures, um aumento de cerca de 2,5% nesta terça-feira.
Segundo análise da Bloomberg, os contratos futuros de milho saltaram para a maior alta em uma semana depois que o governo dos Estados Unidos cortou sua previsão para a safra doméstica em mais do que os analistas esperavam.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu a área plantada de milho de 37,56 para 36,34 milhões de hectares, e a colhida de 34,56 para 33,35 milhões. A produtividade caiu para 173,64 sacas por hectare, enquanto o número de maio era de 184,11 scs/ha. Assim, a produção também foi corrigida de 381,78 para 347,49 milhões de toneladas.
“O USDA foi muito agressivo para um relatório de demanda de junho”, disse Rich Nelson, estrategista-chefe da Allendale Inc. em McHenry, Illinois.
Mercado Interno:
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas praças que apresentaram desvalorização foram Campinas/SP (1,31% e preço de R$ 36,94), Palma Sola/SC (1,56% e preço de R$ 31,50) e Assis/SP (1,61% e preço de R$ 30,50).
As valorizações apareceram em Oeste da Bahia (1,67% e preço R$ 30,50), Brasília/DF (1,72% e preço de R$ 29,50) e Porto Paranaguá/PR (2,70% e preço de R$ 38,00).
Para a XP Investimentos, a leve pressão baixista no milho permanece. A intensificação da colheita no Centro-Oeste e Sul do Brasil subsidia ofertas de milho tributado nas praças paulistas, pressionando os comercializadores de diferido.
No Mato Grosso, o Imea mensura colheita em 8,57% do total, avanço de 5,05% na semana e segundo melhor início da série histórica para o estado. Já o Deral aponta colheita 12,0% do total plantado no Paraná, avanço de 6,00% na semana e, reforçando, melhor início dentre todas as temporadas.
A novidade fica por conta dos relatórios de produção do USDA e CONAB divulgados hoje (11). A Conab revisou a produção de milho brasileira para 97,01 MT (+1,76 MT), enquanto o USDA estimou em 101,00 MT (+1,0 MT).