O dólar tinha leves variações ante o real nesta quarta-feira, depois de ter rompido importante suporte técnico na véspera e em meio ao aumento das apostas de corte de juros nos Estados Unidos, monitorando também o avanço das reformas no cenário doméstico.
Às 10:51, o dólar operava estável, a 3,8566 reais na venda
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,83%, a 3,8567 reais na venda, indo abaixo da média de 200 dias, considerado um indicativo de longo prazo. E está colado em sua média de 100 dias.
O dólar futuro também rondava a estabilidade neste pregão.
Investidores seguem monitorando o avanço da agenda econômica, com destaque para a regra de ouro e o Orçamento impositivo, este último podendo ser votado na manhã desta quarta-feira.
Nesta quarta-feira, o lado externo somava ao bom humor com o doméstico.
“O ambiente lá fora nesse momento precifica a queda de juros (nos EUA) e aqui internamente o bom momento que o país está passando no sentido de bom encaminhamento da reforma da Previdência” são gatilhos para desmonte de posições defensivas que foram montadas no passado, explicou Gomes da Silva.
Na véspera, o chair do Fed, Jerome Powell, deu declarações que parecem abrir a porta sobre a possibilidade de um corte dos juros, algo que já havia sido levantado por outras autoridades do banco central norte-americano.
A ferramenta FedWatch do CME Group mostrou que, nesta quarta-feira, os juros futuros dos EUA indicam que operadores veem quase 33% de chances de o Fed cortar os juros em junho ante 10% há uma semana.
Os juros futuros também precificavam 64% de chances de o Fed cortar os juros em 0,75 p.p. até o fim do ano, ante 14% há uma semana.
“Um potencial corte de juros daria sustentação ao crescimento, seria bom para apetite a risco global e, portanto, para mercados emergentes, levando a queda do dólar”, afirmaram economistas da XP Investimentos, em nota.
Nesse sentido, investidores trazem no radar a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, às 15h.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de 10,089 bilhões de dólares.
(Por Laís Martins)
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