Opep trabalha em corte de oferta de petróleo, mas ainda precisa de apoio da Rússia

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A Opep e seus aliados estão trabalhando nesta semana para reduzir a produção de petróleo em pelo menos 1,3 milhão de barris por dia, disseram quatro fontes, acrescentando que a resistência da Rússia a um corte maior foi até agora o principal obstáculo.

A Opep se reúne na quinta-feira em Viena, seguida por conversas com aliados como a Rússia na sexta-feira, em meio à queda nos preços do petróleo causada pela fraqueza econômica global e temores de um excesso de oferta devido, em grande parte, ao aumento da produção norte-americana.

O líder de fato do grupo de produtores, a Arábia Saudita, indicou a necessidade de reduções acentuadas na produção a partir de janeiro, mas está sob pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, que pede preços mais baixos do óleo para ajudar a sustentar a economia mundial.

Possivelmente complicando qualquer decisão da Opep é a crise em torno da morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul em outubro. Trump apoiou o príncipe da Coroa saudita, Mohammed bin Salman, apesar dos apelos de muitos políticos dos EUA para que imponha duras sanções a Riad.

As fontes, três da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e um de um país não integrante da Opep, disseram que reunião ocorre em um ambiente difícil e que a posição da Rússia seria fundamental para se alcançar um acordo. “A Rússia está jogando duro”, disse uma das fontes da Opep.

Outra fonte da Opep disse: “Os sauditas estão trabalhando duro no corte. Mas se a Rússia disser não aos cortes, então nós (Opep) não reduziremos.”

Fontes russas indicaram que o país pode contribuir com cerca de 140 mil bpd para uma redução, mas a Opep, que domina o Oriente Médio, insiste que Moscou reduza de 250 mil a 300 mil bpd.

Duas fontes disseram que as negociações estão focadas em um corte proporcional de 3 a 3,5 por cento dos níveis de produção de outubro, sem isenções para qualquer membro.

As fontes também disseram que a Opep poderia adiar a decisão de corte se os critérios principais, como o envolvimento da Rússia, não fossem atendidos, mesmo que isso significasse mais uma queda nos preços.

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Fonte: Reuters

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