O dólar dava continuidade à trajetória de baixa da véspera e já era negociado no patamar de 3,70 reais nesta quarta-feira, enquanto aguardava o desfecho da reunião dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sobre comércio bilateral, sem tirar o foco da cena política local.
Às 12:07, o dólar recuava 0,96 por cento, a 3,7073 reais na venda, depois de ter fechado a véspera em queda de 1,06 por cento. O dólar futuro tinha desvalorização de cerca de 1 por cento.
“O recuo da moeda norte-americana no exterior se somou ao desmonte de posições compradas (aposta na alta do dólar), o que temos visto nos últimos dias, e contribuiu para a mínima”, contou um operador de câmbio de uma corretora local.
Nesse movimento, o dólar tocou a mínima da sessão, a 3,6982 reais, menor patamar intradia 14 de junho (3,6873 reais).
“Há incertezas em relação ao que vai acontecer (no encontro entre Trump e Juncker)”, afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
O dólar operava com leve baixa ante uma cesta de moedas, à espera do desfecho do encontro previsto para o começo da tarde, e caía mais forte ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Internamente, o mercado continuava de olho no noticiário político, sobretudo os passos do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, considerado pelos mercados financeiros como mais favorável a reformas, sobretudo de perfil fiscal.
“Se a moeda conseguir romper de fato os 3,74 reais, pode cair até 3,70 reais. O próximo suporte estaria em 3,67 reais e acho possível a moeda ficar rondando 3,65 reais”, afirmou Faria Júnior.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 11,9 bilhões de dólares do total de 14,023 bilhões de dólares dos contratos que vencem em agosto.
Leia mais em Notícias Agrícolas