Café: Bolsa de Nova York cai mais de 100 pts nesta 3ª feira com câmbio e menores temores com safra brasileira

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Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (17) com queda de mais de 100 pontos. O mercado externo do grão reverteu todos os ganhos da véspera acompanhando o câmbio e, principalmente, diante de temores cada vez menores de danos à safra brasileira neste inverno.

O vencimento setembro/18 encerrou o dia com queda de 120 pontos, a 109,10 cents/lb e o dezembro/18 anotou 112,60 cents/lb e 120 pontos de recuo. Já o contrato março/18 registrou 116,20 cents/lb com 120 pontos de desvalorização e o maio/19, mais distante, fechou a sessão com 120 pontos de baixa, a 118,70 cents/lb.

“Os preços foram parcialmente pressionados pela fraqueza do real ante o dólar dos Estados Unidos no início da sessão”, reportou a Reuters internacional. No fechamento, o dólar comercial fechou o dia com baixa de 0,49%, cotado a R$ 3,8460 na venda, com alívio sobre juros nos Estados Unidos e com operadores acompanhando a cena política.

Menores temores de danos neste inverno na safra 2018/19 do Brasil, que pode ser recorde, também contribuíram para a pressão. “O arábica tem sido pressionado devido à grande colheita no Brasil. O tempo segue bom e é estimado que a produção seja alta, em torno de 60 milhões de sacas”, disse em relatório o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

A colheita de café na área da Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé) atingiu 46,30% até o dia 13 de julho, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (17). De uma semana para outra, os trabalhos no campo avançaram pouco mais 7 percentuais. No entanto, ainda seguem atrasados em relação aos últimos anos.

Os estoques de café verde dos Estados Unidos caíram 23,36 mil sacas de 60 kg em junho depois de três altas seguidas, totalizando 6,84 milhões de sacas. Os dados foram divulgados em relatório da GCA (Green Coffee Association) na segunda-feira (16). O país norte-americano é um dos principais importadores do café brasileiro.

Mercado interno

O mercado físico seguiu com negócios isolados nesta terça-feira e os preços recuaram em diversas praças. Produtores ainda estão focados na colheita. “Se, por um lado, as atividades de campo na safra 2018/19 estão mais tardias, a qualidade, por outro, tem sido superior à temporada 2017/18”, disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em relatório nesta terça-feira (16).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 485,00 e queda de 1,02%. A maior variação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com baixa de 1,08% e saca a R$ 460,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 460,00 e queda de 1,08%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (-2,17%) e Franca (SP) (-1,10%), ambas com saca a R$ 450,00. A maior variação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 3,49% e saca a R$ 445,00.

Na segunda-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 444,21 e alta de 0,53%.

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Fonte: Notícias Agrícolas

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