Durante a sessão desta quarta-feira (6), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a testar o lado negativo da tabela. Perto das 12h15 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal exibiam quedas de mais de 1 ponto. O julho/18 operava a US$ 3,82 por bushel, enquanto o setembro/18 trabalhava a US$ 3,92 por bushel.
“A fraqueza sazonal no início de junho não é incomum até que o mercado se concentre em ameaças climáticas. Esse trabalho é mais difícil se as tensões comerciais continuarem a exceder o mercado”, reportou o site internacional Farm Futures.
Por outro lado, os participantes também seguem atentos as condições das lavouras norte-americanas. Segundo último boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), cerca de 78% das lavouras apresentam boas ou excelentes condições.
O índice ficou abaixo das apostas dos investidores, entre 79% e 80%. Já o plantio entrou na reta final no país, com 97% da área projetada já semeada até o último domingo.
Além disso, as tensões comerciais entre Estados Unidos e China voltaram ao centro das atenções. A perspectiva é que a situação possa afetar a demanda por produtos agrícolas americanos.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, as cotações do milho voltaram a testar o lado positivo da tabela no pregão desta quarta-feira. As principais posições da commodity exibiam altas entre 0,12% e 0,33%. O vencimento setembro/18 era cotado a R$ 39,89 a saca. Apenas o julho/18 recuava 1,39%, negociado a R$ 41,71 a saca.
As cotações sobem após as desvalorizações recentes e com apoio da alta do dólar. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,8237 na venda, com alta de 0,36%.
“O mercado está olhando muito para o (cenário) político e hoje é prova disso, com o exterior melhor e a gente aqui apanhando”, afirmou o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti, em entrevista a Reuters.